tempos médios de espera

Hospital Particular Alvor

Superior a 1H30

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Atendimento Urgente

Superior a 1H30

Pediatria

Hospital Particular da Madeira

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Pediatria

Madeira Medical Center

00h18m

Atendimento Urgente

Dr. Luís Malaia

Médico Fisiatra
Coordenador da Unidade 
de Reabilitação

Dr. Miguel Coutinho

Neuropsicólogo

 

Programa de reabilitação de estados alterados de consciência

HPA Magazine 5

 

O Programa de Reabilitação (PR) de Estados Alterados de Consciência (EAC) é um serviço especializado integrado no continuum de cuidados de saúde diferenciados do Grupo Hospital Particular do Algarve e dirigido ao “dano cerebral adquirido grave”. 
O conjunto de tratamentos especializados tem como finalidade a recuperação funcional da capacidade de seguir instruções/comandos, comunicação e realização de atividades de vida diária.


Aos doentes e às suas famílias, são disponibilizados um contínuo de serviços de saúde e reabilitação estruturados por uma equipa interdisciplinar com formação especializada em Estados Alterados de Consciência (EAC) e que seguem as melhores práticas de acordo com o estado da arte e guidelines internacionais do Royal College of Physicians.
O tratamento precoce realizado pela equipa do Programa de Reabilitação de EAC contribui para a maximização das possibilidades de recuperação clínica e funcional a curto, médio e longo prazo. 
O foco da intervenção nesta fase é essencialmente possibilitar a progressão do doente ao longo dos níveis de consciência (obter cumprimento de comandos/ordens simples dirigidas a objetos e/ou corpo e manutenção da vigília). 
Os estudos prospetivos com doentes com condição clinico funcional de EAC evidenciam a importância dos tratamentos de reabilitação quando iniciados na fase aguda e continuados ao longo do processo de recuperação, sendo demonstrado através de vários indicadores, melhores resultados (nomeadamente prevenção de complicações motoras e melhoria funcional motora e cognitiva). 
Vários estudos prospetivos longitudinais do Programa de Reabilitação de Perturbação da Consciência indicam resultados promissores para os doentes que receberam o tratamento precoce e especializado no critério cumprimento de comandos à data de alta, assim como nos critérios melhoria na funcionalidade cognitiva e diminuição do grau de supervisão no follow up pós lesão (1, 2 e 5 anos).

CONSCIÊNCIA
A Consciência pode ser definida em duas componentes principais:
Alerta/vigília: abertura espontânea dos olhos e reflexos básicos como tosse, deglutição e sucção; 
Conhecimento: cumprimento de comandos, recordar, planear e comunicar;
Os EAC são uma condição clínica com diferentes etiologias. A sua duração pode ser curta (segundos, minutos ou horas), transitória (dias ou semanas após lesão cerebral severa) ou crónica (estável ao longo do tempo).

NÍVEIS DE CONSCIÊNCIA 
As guidelines da Multi-Society Task Force on Persistent Vegetative State e Aspen Workgroup definem 3 níveis de Perturbações da Consciência:
Coma: ausência de períodos de alerta/vigília e de conhecimento;
Estado Vegetativo (EV) ou Unresponsive Wakefulness Syndrome (UWS): períodos de sono e alerta/vigília e ausência de conhecimento;
Estados Mínimos de Consciência (EMC): períodos de sono e alerta /vigília com conhecimento mínimo.
Alguns dos doentes poderão não conseguir evoluir ao longo destes 3 níveis de consciência.

CAUSAS
As causas mais comuns de “Dano Cerebral” que podem resultar em EAC são:

  • Traumatismo Crânio Encefálico;
  • Acidente Vascular Cerebral;
  • Anóxia Cerebral;
  • Infeções;
  • Intoxicações (drogas/álcool).

ABORDAGEM INTERDISCIPLINAR

  • Médico Fisiatra, Medicina Interna e outras especialidades Médicas;
  • Enfermeiro;
  • Fisioterapeuta;
  • Terapeuta Ocupacional;
  • Terapeuta da Fala;
  • Neuropsicólogo / Psicólogo;
  • Dietista.

AVALIAÇÃO E INTERVENÇÃO ESPECIALIZADA

  • Avaliação, diagnóstico e monitorização do nível de consciência e condição clínico funcional (Ressonância Magnética; Electroencefalograma; Potenciais Evocados; Avaliação Neurocomportamental);
  • Psicoeducação e suporte emocional a familiares e/ou cuidadores;
  • Tratamentos farmacológicos potenciadores da vigília e regulação comportamental;
  • Neuromodulação;
  • Regulação sensório motora;
  • Estimulação sensorial.

 

 

AVALIAÇÃO E INTERVENÇÃO ESPECIALIZADA

  • Avaliação, diagnóstico e monitorização do nível de consciência e condição clínico funcional (Ressonância Magnética; Electroencefalograma; Potenciais Evocados; Avaliação Neurocomportamental);
  • Psicoeducação e suporte emocional a familiares e/ou cuidadores;
  • Tratamentos farmacológicos potenciadores da vigília e regulação comportamental;
  • Neuromodulação;
  • Regulação sensório motora;
  • Estimulação sensorial.


O PROGRAMA DESTINA-SE A TRÊS DIFERENTES STATUS CLINICO FUNCIONAIS

  • Para quem ainda não recuperarou a consciência;
  • Aos que recuperaram a consciência mas ainda não conseguem comunicar funcionalmente de forma eficaz;
  • Para aqueles que, apesar de conseguirem uma comunicação funcional, mantém-se confusos e precisam de ajuda nas atividades de vida diária. 

O NOSSO PROGRAMA TEM COMO OBJETIVOS

  • Determinar os níveis de consciência com recurso a protocolos de avaliação baseados na evidência;
  • Identificar obstáculos físicos e cognitivos ao controlo ambiental e capacidade de comunicação funcional;
  • Delimitar o prognóstico e monitorização de evolução clinico funcional;
  • Planear necessidade de apoio a longo prazo;
  • Prevenir complicações secundárias (contraturas, lesões cutâneas e infeções);
  • Maximizar o grau de alerta e consistência de resposta com recurso a terapia medicamentosa, tecnologia e protocolos de estimulação cognitivo-comportamental;
  • Maximizar a capacidade de realização de atividades de vida diária;
  • Disponibilizar psicoeducação, suporte aos doentes, familiares e outros cuidadores (formais e informais);
  • Possibilitar a participação em novas abordagens na área da avaliação e técnicas de intervenção (ainda em fase de estudo na área clínica e académica).

A integração do doente nestes programas contribui para a melhoria da vigília e de resposta consistente ao meio, de modo a potenciar a reintegração familiar, profissional e social.